diário da
Nina

Minha Jornada Espiritual: Do Caos à Transformação

Como Tudo Começou

A espiritualidade entrou na minha vida de maneira inesperada. Eu não estava buscando conexão com o divino ou respostas místicas para a existência. Na verdade, minha busca começou por um motivo bem mais terreno: o desejo de ser uma pessoa melhor.

Foi em 2023, depois de perder um emprego por conta do meu jeito grosseiro e imaturo de lidar com as pessoas, que me vi completamente perdida. A dureza com a qual eu tratava os outros era, na verdade, um reflexo do medo que eu sentia. Um escudo para evitar que alguém chegasse perto demais e me machucasse. As pessoas me alertavam sobre meu comportamento, mas ninguém sabia me dizer como mudar. Então, decidi procurar por mim mesma.

Foi nessa busca pelo autoconhecimento que a espiritualidade começou a se revelar para mim. Através de vídeos no TikTok, terapia em grupo e livros, fui descobrindo um novo universo. Um universo onde eu não precisava ser dura para me proteger e onde o crescimento vinha da compreensão e da aceitação, não da resistência.

Da Religião à Espiritualidade

Minha jornada espiritual não começou do zero. Cresci na igreja católica, frequentando missas, grupos de jovens e retiros. Meus pais participavam do ECC (Encontro de Casais com Cristo), e eu os acompanhava nas reuniões. No entanto, mesmo cercada por esse ambiente religioso, nunca senti uma conexão profunda com a fé institucionalizada.

Sempre fui questionadora. Desde pequena, me perguntava por que tantas regras pareciam afastar as pessoas da iluminação em vez de aproximá-las. Por que a felicidade parecia algo a ser sacrificado em nome de Deus? Muitas vezes, sentia que a religião me colocava dentro de uma estrutura rígida, onde não havia espaço para minhas próprias experiências e descobertas.

Ao longo do tempo, percebi que minha espiritualidade precisava ser mais livre. Não significava abandonar tudo o que aprendi, mas sim ressignificar. Em vez de seguir dogmas, passei a buscar um caminho que fizesse sentido para mim. Foi aí que minha transformação realmente começou.

Os Desafios do Caminho

O despertar espiritual não é um conto de fadas. Pelo contrário, envolve rompimentos, dores e desapegos profundos.

Uma das maiores lições que aprendi foi sobre a impermanência. Tive que desapegar de coisas materiais, situações, ambientes e até mesmo pessoas. Muitas delas simplesmente não estavam mais alinhadas com quem eu estava me tornando. Mas nada disso aconteceu de forma fácil. Foram momentos de conflito, sofrimento e questionamentos. Eu me perguntava constantemente se estava no caminho certo ou se tudo não passava de uma ilusão.

Perder pessoas e ambientes que eram importantes para mim foi doloroso. Mas, com o tempo, percebi que tudo o que se foi abriu espaço para algo melhor. Cada perda foi, na verdade, um convite para algo maior.

O Que Me Transformou

Dentre tantas práticas que explorei ao longo do caminho, algumas foram essenciais para minha evolução:

  • Meditação: Foi através do silêncio e da observação da minha própria mente que comecei a entender quem eu realmente sou.
  • Autoconhecimento: Quanto mais me conhecia, mais conseguia identificar padrões que precisavam ser mudados.
  • Gratidão: Aprendi que a vida é feita de contrastes, e mesmo nas dificuldades, sempre há algo para agradecer.

Com essas práticas, percebi que a realidade que experimento é um reflexo do que acontece dentro de mim. Se estou confusa e insatisfeita internamente, isso se manifesta no mundo ao meu redor. Mas, se estou alinhada e em paz, tudo flui de maneira mais harmoniosa.

Hoje, entendo que sou eu quem dou significado às coisas, e não o contrário. Ambientes, situações e objetos são neutros. O que os torna bons ou ruins é a forma como os interpreto. E, mais importante ainda, aprendi que reclamar da realidade não muda nada. O que muda é agir com consciência e gratidão para transformar aquilo que posso.

A Espiritualidade No Meu Dia a Dia

Hoje, minha visão sobre espiritualidade é completamente diferente do que era antes. Não vejo mais como algo separado da vida cotidiana. Para mim, espiritualidade não é um ritual que acontece em horários específicos ou dentro de um templo. É algo que está presente em cada escolha, em cada pensamento e em cada ação.

Acredito que o propósito de todos nós é evoluir e nos tornarmos a melhor versão de quem podemos ser. Tudo está interligado, e quando fazemos o bem para os outros, estamos fazendo o bem para nós mesmos. Da mesma forma, não podemos oferecer algo que não temos dentro de nós. Por isso, amar a si mesmo é um passo essencial para amar o próximo de verdade.

A espiritualidade não é algo que está em algum lugar distante, esperando que a alcancemos. Ela é quem somos. Não começa e nem termina em tempo ou espaço algum. É simplesmente a essência da nossa existência.

O Que Quero Compartilhar Com Você

Se há algo que aprendi e gostaria de passar adiante, é que você não é as suas circunstâncias. Você não é a dor que viveu, os pensamentos que tem ou a realidade que enxerga hoje. Tudo isso pode ser transformado. Mas para isso, é preciso acreditar que a mudança é possível e dar o primeiro passo.

O passado não define quem você é. O futuro ainda não existe. O único momento que realmente importa é o agora. E, dentro desse agora, você tem o poder de fazer escolhas que criarão um amanhã mais alinhado com quem deseja ser.

Desejo que você, assim como eu, encontre seu próprio caminho. Que descubra a sua verdade, independente de dogmas ou padrões. E, acima de tudo, que compreenda que a espiritualidade não é uma busca externa, mas sim um retorno para dentro de si mesmo.

Se você sente que está perdido, assim como eu já me senti um dia, saiba que isso é apenas o começo da sua jornada. E que, no final das contas, tudo o que você precisa já está dentro de você.

Com carinho, Nina

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